A polarização. A crise e o inferno. Uma introdução a nossa perda de ‘santidade’.

 

 Por Gilvaldo Quinzeiro

O inferno não é outra coisa senão o ‘espelho’ em que somos sugados.  Ou seja, a possibilidade de nos transformarmos naquilo que vemos ou ouvimos. O inferno, portanto, nessas condições, está bem a nossa frente. Porém, falta uma condição para que este venha se constituir numa espécie da ‘caldeirão’: a polarização. Então por antecipação você deve ter compreendido que essa é a condição dos nossos dias. Isso mesmo: estamos todos sendo ‘fritos ou cozidos’. E digo mais. Perdemos a condição de ‘santidade’. Santidade aqui é usada para chamar atenção daqueles que se acotovelam na ‘fila dos que vão para os céus ou daqueles que acreditam que a coisa seja tão simples como apenas ir a uma igreja e depois postar uma foto nas redes sociais, e, ‘amém’!  Não. A coisa é bem mais complexa! O ‘caminho’, que nos leva até Deus pode, ao longo do seu percurso, nos transformar no seu ‘contrário’. Isso é perfeitamente compreensível quando conhecemos a lei da polaridade.

 Do contrário, como explicar as recentes prisões de líderes religiosos das diversas crenças? Do contrário como explicar o ódio que parece ter tomado conta dos templos?

A polaridade.  O negativo e o positivo. Trata-se de uma das leis mais poderosa do universo.  Ou seja, da mesma forma que devemos que ter o cuidado para não colocarmos o dedo numa tomada, pois, não é preciso dizer o que isso significaria, polarizar uma conversa, ainda que isso seja dialeticamente inevitável, é corrermos o risco de sermos por ela ‘eletrocutado’. A propósito, vejo com muita preocupação como muitos colegas estão ficando só o ‘torrão’! Tudo isso em nome de uma ‘boa causa’. Ocorre, entretanto, que essa mesma ‘boa causa’ é percebida pelo outro como sendo o contrário. Alongar um tipo de conversa dessas é simplesmente desperdiçar energias. A mesma energia, que resulta da polaridade. Que coisa, não?

Ver o Brasil hoje dividido entre os que são favoráveis ao uso da vacina contra a covid-19 e os que estão dispostos a provocar uma revolta, se possível, para não usá-la, é adoecer qualquer um. E mais.  Não se pode compreender tal fato à luz de qualquer ‘ismo’. A coisa é do campo da metafisica mesmo?

Ver o Brasil de hoje dividido entre o “o bem e o mal”; entre os que vão para os ‘céus e os que vão para inferno”, é espantoso! E mais.  Saber que famílias estão sendo divididas por questões religiosas, quando o seu papel, ou seja da religião, seria unir, ligar, conectar, é macular a Fé!

Um dado a ser acrescentado. O mundo. A civilização está nesta condição acima descrita. A disputa geopolítica é parte central desse ‘caldeirão’. A fabricação e distribuição da vacina contra covid-19, então, não poderia também ficar de fora.  Jesus Cristo se vier agora poderá ser dividido ao meio? Partindo dessas premissas faço um alerta: redobrem os cuidados com a Ceia de Natal!

Por fim, concluo dizendo: estamos presos! Não há saída para nenhuma crise a curto ou a longo prazo. Seja essa crise qual for, pois, essa é agravada pela polarização.

 

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