Da série olhos nos céus(II). Os caminhos. A pressa e a prece
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os céus serviram sempre de ‘caminhos’ para os peregrinos
desde os mais remotos tempos. Andar
pelos desertos ou pelos mares sem mirar os céus noturnos poderia significar se
perder facilmente. Os melhores navegadores como Cristóvão Colombo e Vasco da
Gama, por exemplo, não teriam chegado aos destinos que chegaram, sem ter um bom
conhecimento das constelações. Os céus, portanto,
são a rigor os nossos olhos também, e que assim sejam sempre!
A imagem da foto, que foi clicada por Pedro Henrique, a
partir de Goiânia-GO, onde mora, vemos a Via Láctea. No ponto 1 Júpiter e no
ponto 2 Saturno. Espantosamente linda, não? Pois é, eu imagino que os mais
antigos não sofressem de ansiedade, nem de pressa: por isso sua prece
consistia em apenas olhar para os céus! Hoje vivemos falsamente de preces
apressadas. E o resultado disso? - um
sufocante viver como se os céus estivessem literalmente desabando sobre nossas
cabeças!
Voltando a ideia de céus como ‘caminhos’, na Astronomia
Cabocla a Via Láctea é percebida e chamada como o “caminho de Santiago” (o
caminho de Santiago Compostela). Sim, os
mais antigos não só percebiam a Via Láctea (para os mais atuais),
como espécie do ‘desenho’ do caminho de Santiago de Compostela, bem como uma
espécie de orientação para se chegar até lá! Que coisa, não?
Por fim, nada mais poético e filosófico do que andar pelos ‘caminhos
dos céus’! Os caboclos faziam isso sem precisar tirar self de joelhos (em
preces) para tão apressadamente envia-la para o ‘grupo da família’!
Amém?
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