O abraço das coisas, que nos decepam

Gilvaldo Quinzeiro


Não só, todas as coisas são feitas para o alcance das mãos, como, já as pegamos “esfoladas” – tudo tão “fácil” conforme as explicações das embalagens que até da “felicidade” somos poupados? Ora, estamos diante de um paradoxo inegável, a saber, perto de tudo, mas, cada vez mais distantes de nós mesmos!

Eis o preço a pagar pelo “conforto” que sequestra a nossa alma: com tantas coisas nas mãos, daquelas que esquecemos são exatamente as mesmas que de nós se despencam.

Será este o tempo cuja evolução exige de nós mais mãos do que cérebros?

Pense para não  esquecer dos pés, já que as cabeças perdemos.

 Eis quão os dedos são curtos para tantos buracos que em nossa visão se aprofundam!

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