Abandono


Por Gilvaldo Quinzeiro




Faça chuva ou faça sol, o pior do abandono não é a nossa cara à esmo a contemplar o abandono em si, nem a indiferença dos olhares do outro a nossa dor, mas saber que ao fim da tempestade presente, o amanhecer virá com uma longa estrada – sem chance de, assim como a tormenta passada – encontrar ao menos um chapéu.

O pior de todos os abandonos, contudo, é aquele do nosso animal interior!

Que isso, pois, nunca ocorra!


Quanto ao cão, coitado, mesmo abandonado, ainda assim, é em si que se encontra!  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla