O dedo na ferida
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os dias atuais podem ser representados simbolicamente pela espantosa
obra acima, “Confirmação de Tomé”, de Caravaggio. Isto é, quando os dedos, que
são cegos, substituem os olhos na constatação da ferida que viceja, é porque
dos duros nós das palavras, estamos todos enforcados!
Sim, meu senhor, tudo está esfolado!
Nestas condições, a arte é uma espécie de esparadrapo: tudo
mais é carne viva!
Enfim, todos nós somos a trindade: Judas, Pedro e Tomé.
Comentários
Postar um comentário