Tudo agora é pós-mundo?
Por Gilvaldo Quinzeiro
‘Inversões dos polos’. Os da Terra ainda são esperados;
alguns dizem que já se pode detectar seus sinais. É aguardar para ver os seus
efeitos. Porém, sem dúvida alguma, os da política estão completamente
invertidos, e seus efeitos são visivelmente devastadores. É o tempo dos ‘jabutis
trepados’ em árvores chorarem para descer!
Na visão dos místicos tudo isso não passa do acirramento das polaridades. Ou ainda, o feitiço virando contra o feiticeiro. Mas, seja o que for, é algo assombroso!
Eu, na verdade, prefiro chamar de “o retorno do pêndulo”. Sim,
em certo sentido, o movimento que regem as forças políticas, suas conjunturas,
melhor dizendo, são pendulares. Ou seja, vai e volta – é uma espécie de um elástico
esticado que, quando cessam as forças, que o mantinha esticado, eis que este ‘dispara’
em sentindo contrário. É o que se costuma dizer popularmente, “levar uma pesada
no “saco”!
De fato, o que se ver ou o que se sente é uma “pesada no “saco”!
Este é o preço a ser pago pelo retorno do pêndulo ou da nova ordem vigente.
Veja bem o caso dos Estados Unidos que, se antes eram uma
espécie de ‘vara’ a futucar os movimentos pró democracias pelo mundo, o que de
certo modo, nos fazia crer que ali tivesse nascido a Democracia. Ver por
exemplo, o caso da invasão do Iraque; a primavera árabe, entre outros. E agora
a situação parece de fato ter se invertido. Ou seja, o que se ver pelas ações do
novo presidente Donald Trump, e, diga-se de passagem, com o apoio de uma considerável
parcela da população Norte Americana, é o rasgar de antigas bandeiras que, no
passado, fizeram dos Estados Unidos, o bastião das liberdades. Ou não será esta
a sua face oculta que agora reaparece?
Para nosso assombro, ao que nos parece, estamos diante do ressurgimento
daquelas ‘figuras’ que até então pareciam fixa nas paredes das cavernas – as mesmas
que foram subestimadas ao longo do tempo. E agora o que fazer?
Alguns analistas estão chamando esta nova situação do mundo
como ‘pós-verdade’. Este termo, mesmo sem que eu saiba o que signifique,
talvez, nunca venha saber, mas me parece de fato bem apropriado. Afinal que
diferença faz compreender seu significado ou não?
No caso do Brasil a ‘queda de braço’ é, entre quem luta para
despertar o ‘gigante adormecido’ e os que fazem corrente para que este nunca
acorde! O ‘pendulo’ aqui pode, em vez do ‘saco’, acertar a cabeça! -, mas o
problema mesmo é encontrar uma (cabeça) que não esteja entre as pernas!
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