As 'ranhuras' do mundo
Por Gilvaldo Quinzeiro
Estamos escorregando por entre as ‘ranhuras’ do mundo.
Tudo se torna visceral e poroso. Somos uma espécie de ‘tripa’ a vazar dos
intestinos.
Neste ínterim, o que significa uma ‘nova ordem mundial’?
A quem interessa o mundo e uma possível ‘ordem’?
Nestes últimos dias assistimos com “os mesmos olhos que a
terra há de comer”, dois fatos distintos, tanto históricos, quanto geograficamente,
mas que nos colocaram diante de um só espelho: as ‘ranhuras’ do nosso mundo!
O primeiro fato
trata-se do jovem acriano, Bruno Borges, 24 anos, com seus escritos misteriosos
e o seu suposto desparecimento. O referido fato nos colocou cara a cara com a
figura de outro Bruno - o filósofo Giordano Bruno (1548-1600). Giordano Bruno, um homem, que via além das ‘ranhuras’
do seu tempo, e, talvez, por isso mesmo pagou caro, ou seja, por causa da sua
visão de que “havia outras vidas no universo”, foi preso e morto na fogueira. Esta é a ‘ranhura’, que afeta ainda hoje os
pilares da teologia vigente. Mas enfim, o que um Bruno tem a ver com o outro?
Que paralelo podemos fazer do tempo vivido por Giordano Bruno e o tempo atual? Quem
é afinal este Bruno Borges? Que lições devemos tirar desse acontecimento ainda
em fase de investigação policial?
O segundo fato diz respeito aos bombardeios dos Estados
Unidos a uma base militar da Síria, ocorrido nesta semana. Segundo o Presidente Donald Trump, “uma
resposta ao ataque com armas químicas realizado pela Síria”. O território sírio
já não há espaço, que não seja marcado por rachaduras – tal é o peso das ‘botas’
de quem luta por ele. Que tipo de ‘ranhura’ este fato representa para
o tão conturbado panorama mundial? Estamos de volta aos sombrios tempos da ‘guerra fria’? Será esta a ‘ranhura’ pela qual podemos todos nos escapulir de vez?
Por fim, uma ‘ranhura’ entre meus botões. Seja o que for o porvir, haverá de encontrar
entre nós, pouca gente e muitos porcos!
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