As poucas ‘cordas’ da nossa subjetividade?


Por Gilvaldo Quinzeiro


Neste “janeiro branco”, campanha nacional voltada para a prevenção dos problemas de ordens mentais, bem como no trata da nossa subjetividade, não é que agora mesmo me deu um “branco!”...

O quê? Como? Sei lá! Era isso mesmo?! Ufa!

Ora, o que queria mesmo era poder trazer de volta as imagens, que me eram alimentadas no tempo em que ouvir um rádio, era também abrir caminhos, portas e janelas... Ouvir era, portanto, a forma de se apreender o mundo!

A imagem de um rádio sobre a mesa se enchia com o cheiro de terra vindo lá dos quintais. Tempo onde o termo vizinhança dispensava quaisquer abstrações, e onde as conversas eram ouvidas saboreando uma xícara de café.
E hoje quem ainda tem ouvidos?

A propósito o que estas imagens de gente esfolada e compartilhadas como se fossem comidas, pelos celulares, de mão em mão, o que falam do brilho dos nossos olhos?

A propósito, o que estas músicas de hoje com quase só um refrão, e que nos evidencia mais a bunda do que a cabeça contribuem para a nossa subjetividade?

Sim!  Era disso que queria falar.  Agora me lembrei: a subjetividade!

A subjetividade – cordas com as quais amarramos o pescoço, e ouvimos as nossas vozes como se dos outros fossem. Aliás, falando na nossa possível falta de subjetividade, uma frase para isso: “há muito mais pescoço sem cabeça andando por ai do que possamos imaginar”!

Uma boa noticia, entretanto, sentamos com a nossa bunda! Na dúvida do que pensar: sente-se, amigo!

Quem ainda tem uma cabeça (ufa!), mantenha-a no lugar, e não a confunda com os refrões daquelas músicas!

Tá?

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