Mutações antropomórficas?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Em tempo onde o ódio é escama da nossa pele, veste cintilante
dos nobres e plebeus, não há como não se sentir em carne viva, logo, nestas
condições, a mecânica em que opera os opostos, “o bem e o mal” alterou-se, e a
distinção entre ambos, tornou-se imperceptível. Aliás, diga-se de passagem, que
o nunca o ‘bem’, que de tanto Mal se alimentou, portou-se tão Bem para o mal de
todos!
Tal é a complexidade não só da operacionalidade das coisas, como
também no campo perceptivo que, se clamarmos pelo grande Arquimedes, ele, de pronto
se queixaria da mesma ‘falta do ponto de apoio’, quiçá dispensaria até a
alavanca, pois, o uso da mesma não lhe seria eficaz. Isaac Newton, este, mas feliz pela precisão
das suas leis, diria com toda convicção: “tudo hoje de fato cai por terra, e
assim se cumpre a lei da gravidade”!
E a Terra? Esta que espera pelo retorno dos Messias, seja o dos
cristãos, seja o dos judeus ou de outras constelações religiosas – por que de
fato se contorce com tantas apressadas preces?
O que sabemos claramente, é o acotovelar-se entre aqueles
que disputam um lugar na fila dos que ‘vão para os céus’!
Mas quanto as reais mudanças quem de fato conseguiu operar em si
mesmo?
E quanto a você, primo, mudando de pau para cacete ou de
sabugo para o milho?
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