A bolha ilusória furada?



Por Gilvaldo Quinzeiro


A bolha ilusória. Eis o que nos faz ao mesmo tempo que inflamos (o peito, a língua, o orgulho, a arrogância, o ódio), prender a respiração, senão a tênue espessura da bolha em que habitamos.

O dito aqui nos leva a refletir acerca da espessura, das bordas, dos elementos e dos contornos, que constituem a nossa Realidade.

Ora, se esta Realidade se assemelha a uma ‘bolha ilusória’, já não basta ser uma bolha, então, isso implica no mínimo que, nestas condições, não devemos subestimar nada, inclusive um ‘espirro’, um pequeno gesto que seja. Do contrário, estaremos contribuindo para a explosão da bolha.

Imagine agora em tal Realidade cuja fragilidade não é só aparente (é concreta mesma!), os que se consideram ‘donos da situação’ falar no uso da força; do pisar das botas para, assim, tocar o rumo das coisas para frente!

Que Realidade suportaria isso?

Pois bem, o balão de ensaio do ator Zé de Abreu se autoproclamando Presidente do Brasil, em provocação ao também autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, não é outra coisa, senão os ‘inflados’ tempos de hoje.

Empolgado, quando recebido ontem por uma multidão no aeroporto do Rio de Janeiro, o próprio Zé de Abreu falou em ‘ter furado a bolha’, com esta sua atitude.

Se esta bolha, enfim, foi furada então com que ilusão costurar o despedaçamento da Realidade?








Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla