A civilização e seus “bichos”, e nós seus cavalos!
Gilvaldo Quinzeiro
A civilização com todo o seu apogeu (se é que
podemos afirmar isso), ainda não nos fez menos “bicho”, do que aqueles que almoçaremos
daqui a pouco, o máximo que conseguiu, porém, foi nos elevar a condição de “cavalo
e cavaleiro”. Duas figuras a carecer ao mesmo tempo de “rédeas e esporas”, do
contrário qual o significado de direção?
Pois bem, ser “cavalo e cavaleiro”, isso Freud já aludiu
em alguma parte da sua vasta escrita. Ou seja, isso não é nenhuma novidade para
quem se atreve a auscultar o escuro que nos habita. A questão que se teme,
porém, (se é que temer é a palavra adequada) é a do “cavalo” pela força que tem, portanto, como
prevalente, há muito tempo já se passar como “cavaleiro”, enquanto este ( o cavaleiro)
é que está levando “as esporas”.
Ora, se olharmos bem as coisas nas suas “nervuras” (cito isso em homenagem ao grande
pensador J. Cardoso, um apreciador da obra de Espinosa), o tempo já não é para
quem não anda em disparada. Em outras palavras, “na correria” na qual o dia a
dia se edifica, toda rédea nos distancia da chegada.
Portanto, se na altura do campeonato, o “cavaleiro” já
sumiu, então que “bicho” agora somos? Ou
nada a questionar sobre o “cavalo” que
ganha a corrida?
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