Da pintura de fazer política, ao nosso quadro de espantalho: uma reflexão sobre o tempo em que somos a boiada


Gilvaldo Quinzeiro

 

“Os espantalhos” desta nossa política, hoje, cada vez mais parecida com a da “Velha República” é o povo. O povo? Como assim? Não seriam os candidatos? Ora, naquilo que a campanha eleitoral se transformou, e por efeito, os candidatos, é o reflexo de que espelho?  Em outras palavras, dialeticamente, um é reflexo do outro.

Portanto, uma análise mais apurada das coisas nos remete a um quadro nada animador, para não dizer, estarrecedor.  Vejamos este quadro pela ótica da pintura modernista que é a seguinte.

A estratégia sempre foi à mesma, a saber, manter  o “gado magro e encurralado”,  para assim, vir comer de pouco na mão. Diga-se de passagem, que esta estratégia desde a época dos coronéis, nunca falhou. Como falhar agora?

Pois bem, e quem seria “o novo”, num contexto em que todos estão de cara enrugada?  Resposta: os filhos, os netos, os sobrinhos e outros que tais. Ora, isso não é apenas trocar a maquiagem num instante em que a orquestra faz uma pausa?

Aqui na nossa  cidade as vacas pastam no centro da cidade. Isso não é nenhuma pintura surrealista.  Aliás, seria uma pintura se as vacas nada deixassem nas ruas. Tá entendendo?

Em outras palavras, a diferença pontual entre  “Velha República” e a dos nossos dias, também sujos, é que hoje, “o curral eleitoral” passou a ser a cidade inteira. Com um detalhe apenas, nada de “porteira”, pois, tudo pertence a um dono só. É claro que nesta “pintura modernista”, o voto não é de cabresto, e sabe por que não? Por que quem pintou este quadro não é burro!

O quê?

Nada.

Agora pinte o seu.

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                     

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla