A normalidade que nos assusta: da carne humana que se devora aos políticos que se contemplam


Por Gilvaldo Quinzeiro



Então quando os homens ainda eram “homens” já temiam que um dia pudéssemos retornar a condição de “bichos”? Pena termos nos transformados em outra coisa que até dos macacos, nossos primos, nos distanciamos!

Pois bem, neste ano, mais especificamente no mês de maio, nos Estados Unidos, um caso chamou atenção, quando policiais de Miami flagraram um homem comendo o rosto do outro. Isso sem falarmos que em abril, também deste ano, em Garanhuns, Pernambuco, três pessoas foram presas por, entre outras acusações fazerem empada de carne humana. E mais recentemente, no último dia 22, no Rio de Janeiro, um adolescente de 16 anos de idade, arrancou e comeu parte dos olhos da mãe.

È esta “normalidade” que nos assusta – sinal de que da civilização cada vez mais nos afastamos? E o que significa os avanços da ciência que por um lado, eleva os homens a condição de fazerem coisas que antes, só aos deuses eram atribuídas? Um paradoxo, não?

E quanto ao “coração” da atual crise econômica mundial, quantas cabeças serão arrancadas para, assim, voltar aos patamares nos quais, toda a “barbárie” será ocultada bem debaixo dos pés “do mundo civilizado”?

Há exatamente oito dias das eleições municipais, quase nenhum candidato, se apresentou como conhecedor e defensor da cidade, senão dos seus próprios interesses. Ora, isso é outra coisa que está ficando absolutamente normal?

Então se é para “normalizar” a realidade que dos homens só possui o assombro com suas carnes nos dentes - que se glorifiquem os loucos e os indiferentes, pois, estes sim, são dos “homens que perdemos”, os seus parentes mais próximos!





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