A geologia e a lama dos discursos. Os tempos urgem pressas e ações!



Por Gilvaldo Quinzeiro

Em solo propenso às tragédias, os discursos se não acompanhados de ações concretas, não passam de lamas. Precisamos ao menos aprender com as nossas tragédias anunciadas – isso é o mínimo, diga-se. Há cerca de três anos atrás tivemos o rompimento da barragem em Mariana, em Minas Gerais. E nada foi aprendido para evitar uma outra -a de Brumadinho, também em Minas Gerais! Esta coisa da política de “emburrar com a barriga”; de fazer vista grossa à uma fiscalização, que deveria ser rigorosa, é o que leva a repetição destas tragédias!

A tragédia de Brumadinho, até agora com 99 mortos, destes, 57 corpos identificados, e 259 ainda desaparecidos - rompe os falsos amarradios   e revela o quanto de lama podre pode haver por trás daquilo que sustentam os interesses econômicos, bem como expõe a fragilidade das estruturas, que teoricamente serviriam para amparar ou evitar tais acontecimentos.

Ver vacas, cães e homens se somando aos destroços levados por uma correnteza de lama, onde o mais desesperador dos gestos e pedidos por socorros se tornaram  inaudíveis ,  é se defrontar com aquilo que soterra também todo o processo civilizatório,  tudo o que é humanamente edificado, tal é a dimensão de um desastre como este – um caso a ser refletido por todos, principalmente porque  estamos diante de fartos sinais de que mais tragédias irão ocorrer em diferentes áreas.

O fato mais assustador é que estamos numa época de crescentes ocorrência de graves fenômenos naturais, como abalo sísmicos, furacões, chuvas torrenciais, ondas de frio ou de calor – tudo isso agrava as estruturas existentes, e exige um maior cuidado no que se refere as instalações de futuras edificações, seja industriais e até residenciais – ver o caso do bairro de Pinheiro, na cidade Maceió, onde seus moradores correm o risco de perderem suas casas ou até mesmo sofrerem danos maiores, devido o aparecimento de rachaduras nas casas e prédios – por causas ainda desconhecidas!

 Por fim, não há  ninguém  seguro!

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