SÉRIE SOBRE O MAR



As nossas ondas de vaidades

Por Gilvaldo Quinzeiro

Em tempo de pouca ‘terra firme’, e de tantos barcos à deriva, não se afogue nas palavras do outro; nem se enforque com as suas ou as use como pedra em atiradeira – todos estamos em carne vivas, incluindo os nossos melhores amigos!

Este é o tempo da genuína falta de escuta! De uma hora para outra todos nós nos tornamos em ‘pregadores’; em apontadores de caminhos, mas não há ninguém capaz de fazer um simples gesto de solidariedade sem que este se transforme em ‘estrondos midiáticos’ – um tsunami de vaidade! Tudo é feito para aparecer! Por isso estamos todos nus, com a bunda de fora, diga-se, ao mesmo tempo que trovejamos em nome da moralidade!
  
De repente tudo se transformou em traiçoeiras ondas. Há quem diga que uma simples selfie “esteja matando mais gente do que por ataques de tubarões”.

Não culpemos as praias ou as cascas de bananas...

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