As tensões sociais na América do Sul: de quem será o amanhã?
Por Gilvaldo Quinzeiro
“Deus salve a América do Sul”! Como se diz por aqui o pau
está quebrando no Chile, Equador e Bolívia. Na Venezuela nem se fala. Uma onda
de tsunami social sacode o nosso continente. O que afinal está em jogo? O que de fato está acontecendo? Que forças são
estas?
No Chile, milhares de pessoas estão indo as ruas das
principais cidades protestarem contra as medidas conservadoras do presidente Sebastián Piñera, e que vêm sendo reprimidos
violentamente pelas forças policias, onde já foi decretado estado de emergência, e
até agora foram registrados 18 mortos, entre estes, uma criança de 4 anos de
idade. O que esta situação no Chile tem a nos ensinar?
Na visão de alguns analistas, o que hoje vemos acontecer
no Chile poderá se repetir ‘amanhã’ no Brasil. O Brasil que acaba de aprovar no
dia de hoje no Senado a polêmica reforma da previdência que, segundo algumas opiniões
tem inspiração na reforma chilena. Estamos caminhando para a mesmas condições?
Na ruas da Bolívia, de um lado os partidários de Evo
Morales comemoram entusiasticamente sua eleição n 1º turno; do outro lado, há
uma gigantesca contestação dos resultados.
O que Evo Morales tem de parecido com a situação de Lula?
No Equador uma multidão tomou a capital Quito obrigando o
presidente Lenín Moreno a transferir a sede do seu governo para outra cidade.
E a Venezuela?
Quem de fato governa: Maduro ou Gaidó? E as manchas de óleo nas praias do
Nordeste, coincidentemente, a região, onde o Bolsonaro é reprovado pela maioria
da população – tudo isso faz parte da mesma conjuntura?
Pois bem, tais questões precisam ser bem analisadas.
Vivemos de fato um tsunamis na América do Sul. Uma onda conservadora se
aproveitando dos ‘deslizes’ dos governos de esquerdas. Uma situação, portanto,
que está longe de equacionar. Há muita ‘lama’ ainda se acomodar no fundo. Tudo
parece indefinido. As demandas se apresentam misturadas umas com as outras....
Uma palavra chave no meio de tudo isso: mudança! Mas em
que direção? Mudança para quem? Para o povo ou para uma elite? Quem vencerá
esta batalha?
Que América do Sul emergirá? Como ficarão as nossas
fronteiras?
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