O sínodo da Amazônia e um novo cisma na igreja?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Na missa de abertura do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia,
que começa hoje, 6, e vai até o dia 27, no Vaticano, o Papa Francisco usou por
diversas vezes o fogo como metáfora, entre estas, o sumo pontífice disse que
Amazônia precisa do “fogo do amor, e não do fogo ateado por interesses”.
O Sínodo da Amazônia anunciada desde 2017, e que reuni cerca
de 184 padres sinodais, destes, 58 brasileiros, irá discutir entre outras
questões, temas ambientais e sociais – pauta esta que vem despertando muitas críticas,
dentro e fora da igreja. O governo
brasileiro, que vem recebendo muita pressão por parte da comunidade
internacional no tocante as queimadas, se ver acuado, e acompanha
o Sínodo com muita preocupação.
Para alguns vaticanistas, o Sínodo dos Bispos sobre Amazônia
é uma prova de fogo não só para o papado de Francisco, mas para a
unidade Igreja Católica que, nos últimos tempos vem sofrendo fraturas, e que
poderão se aprofundar ainda mais por conta da realização deste sínodo. Há quem
veja a figura do Papa sendo cada vez mais enfraquecida, aos passos em que as
correntes mais conservadoras dentro da igreja se fortalecem.
Para ala mais
conservadora da igreja, o Papa Francisco é considerado um herege. Um dos maiores
críticos do Papa Francisco é o arcebispo italiano Carlos Maria Viganò, que em
carta pediu a renúncia do pontífice. Da Alemanha,
a mesma que em 1517, iniciou sob a liderança de Martinho Lutero – a Reforma
Protestante – vem outra forte oposição à Francisco.
No Brasil, uma corrente ultraconservadora da igreja
católica, os Arautos do Evangelho, fundada pelo monsenhor João Scognamiglio Clá
Dias, ex-membro da Tradição, Família e Propriedade (TFP), sofreu recentemente
uma intervenção do vaticano.
Está a igreja católica diante de mais um novo cisma? Terá o Papa Francisco força e liderança para
apaziguar a igreja? Que igreja sairá deste sínodo? Que interesses de fato estão
em jogo?
O que sabemos, contudo, é que o mundo se encontra cada vez
mais dividido, e perigosamente caminhando rumo a um cenário cada vez pior.
Rezemos por nós mesmos!
É camarada Gilvaldo, o mundo está um caldeirão em efervescência em todos campos. Plagiando Caetano Veloso, "alguma coisa está fora da ordem".
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