As ‘raízes’ das nossas tendências
Por Gilvaldo Quinzeiro
Se nós tendêssemos a contemplar mais as raízes que as flores,
dialogaríamos melhor com o que verdadeiramente dar sustentação a todos os edifícios.
A relação entre pais e filhos, por exemplo,
seria mais edificante. E talvez, não precisássemos
de tanta exposição midiática como justificativa de que somos felizes!
A felicidade tão discutível, quanto abstrata, exige, no entanto,
que tenhamos estruturas sólidas em sua busca, para, assim, enfrentar as intempéries.
Ora, a busca da felicidade tem se dado mais em direção àquilo
que ‘nos enche olhos’, e menos naquilo pelo qual os nossos pés agradeceriam!
Mas, voltando as raízes das coisas, uma pena saber que os
homens que mais contribuíram na condição de ‘pilares da civilização’, sejam exatamente,
os menos reconhecidos, pois, jazem sob tudo que admiramos na parte de cima das
construções.
Tendemos, por
exemplo, a admirar a grandeza e os mistérios em torno das grandes pirâmides, porém,
jamais voltamos o nosso olhar para aquele que foi o verdadeiro edificador da
civilização egípcia, Imhotep. E assim, diríamos o mesmo em relação Zaratustra e
a civilização persa; Moisés, em relação civilização hebraica.
Talvez, neste tempo marcada pela ‘cultura do exibicionismo’,
onde todos buscam mais a fama, os holofotes, do que qualquer outra coisa, seja
o mesmo tempo em que nos queixamos acintosamente da nossa falta de referência;
de modelos. É que ser a base, o pilar
de uma estrutura, significa ser a parte menos visível, e, portanto, a que está
condenada a não ser ‘reconhecida’, por mais indispensável que seja.
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