Os passos e as passagens de ano: feliz quem sabe por quem caminha!


Por Gilvaldo Quinzeiro

Somos únicos assim como o Sol.

Andar em multidão? – não. Por mais que olhemos para os lados em busca de olhares aprovativos para os nossos tortuosos passos ou de muletas para os nossos pés cansados, fazemos a nossa caminhada sozinhos. São ilusórias as vozes, que nos pedem para olharmos para trás no exato momento em que colocamos os pés nas travessias. São ilusórias também aquelas sombras sentadas sobre uma pedra, enquanto nos rachamos ao meio de tanto nos sentirmos sozinhos! Por tudo isso, não é fácil seguir em frente! Preferimos as vezes culpar as pedras e os espinhos pela nossa falta do andar. As vezes culpamos o sol e as outras estrelas.

Por último não agradecemos os pés por nada! Preferimos abortar a caminhada nos emprenhando nas estradas fáceis dos outros – estas que nos aparecem através de tantos convites!

Na ‘Virada do Ano’, sim estamos em recontagem regressiva para mais uma mudança no calendário, e lá estamos nós de novo nos afogando nas praias cheia de gente – o que menos se ver é o nascer do sol. Mas, antes disso engarrafamos as estradas com as nossas arriscadas e irresponsáveis ultrapassagens .... tudo para está lá onde o Outro!  

O Outro? – sim o outro! Aquele velho espelho que acreditamos precisar para, enfim, abrirmos um sorriso!

Por fim, somos únicos e sozinhos como o sol.

Os caminhos precisam ser retomados e, às vezes, reinventados todos os dias. Neste sentido, entre as tarefas mais difíceis estão a de retomar os rastros, alguns já apagados pelo tempo. Outros já tão estranhos para os nossos pés. Mas, enfim, é preciso uma pitada de coragem para seguir de onde paramos. É como acordar para tomar o café de todos os dias:  A diferença está mesmo com que face acordamos!

Feliz caminhada de todos os dias!



  

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