Ano Novo? Feliz quem mais aprendeu com o Ano Passado!



Por Gilvaldo Quinzeiro


E o Ano Velho?  ‘Morreu’ com as explosões dos fogos de artifícios ou com as felicitações de um Feliz Ano Novo quase todas coladas ainda das dos anos passados? Afinal quem reparou nisto?

 Bem, como diriam os sábios estoicos, não é que o ano passado foi de todo ruim, é claro que houve o encolhimento das conquistas sociais; é claro que tivemos as perdas de amizades, algumas por partida para o outro lado da vida, outras porque partiram mesmo os nossos corações com a flecha da intolerância; é claro que tivemos o alargamento dos danos ambientais, como as queimadas e o derramamento de óleos em nossas praias, além do assassinato de lideranças indígenas. Porém, em matéria de aprendizagem quem se dispôs aprender, foi um ano farto e rico.

 Aprendemos o quê? É aqui que filosoficamente o Ano Novo se inicia, ou seja, fazendo uma profunda reflexão, um balanço da nossa aprendizagem em relação ao ano passado. Aliás, se há algo possível em qualquer que seja o tempo, independente da ordem política vigente, é exatamente o ato de aprender.

 Enfim, para além do branco, do amarelo e de todas as cores usadas em nossas vestimentas na passagem de ano, isto é, nas últimas horas do ano velho, vale mesmo saber com que alma amanhecemos hoje!

 Quem de você mesmo acordou hoje? É aqui que filosoficamente o Ano Novo se inicia para além das páginas amareladas de um calendário. É aqui que em se tratando de travessia, há de se ter sempre alguém a nos esperar do outro lado. Afinal quem de você lhe estendeu a mão?

Quanto a mim, o que me conforta é saber que este Outro por mais que resista em não me receber é, sem dúvida   parte de mim.  De sorte que terei todos os dias desse Ano para torná-lo em minha melhor e mais fiel companhia!

Tenha, portanto, um Ano Novo para conquistar a coisa real e mais importante: você mesmo!


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