O Coronavírus, a ‘peste negra’ do século XXI, e o colapso da civilização?



Por Gilvaldo Quinzeiro



O que há de se fazer, quando o eixo de rotação das coisas sofre avaria, e coloca em risco todas as engrenagens do sistema? – Nada, pois, somos apenas peça das suas engrenagens ?

 Pois bem, o sistema atual, digo toda a ordem civilizatória como nós conhecemos está para sofrer um grande colapso! Crise econômica, revoltas sociais, alterações gigantescas das condições ambientais e o recrudescimento dos embates ideológicos são sintomas de algo bem mais grave: todas as estruturas, que colocavam de pé a ‘civilização’ estão puídas!

E como se não bastasse, uma nova e grave ameaça à saúde da população mundial:  o coronavírus. Já são cerca de 106 mortos na China, local do epicentro da doença, e 4 mil infectados. A doença se espalha com velocidade espantosa, e já chega a outros continentes. A China corre contra o tempo para conter o avanço, daquilo que poderá ser a ‘peste negra’ do século XXI – em duas semanas terá que construir dois hospitais para atender os infectados. 

Preocupadas com os impactos na encomia chinesa, as bolsas de valores sofrem quedas, e assustam os investidores de todo o mundo. Como eu tenho dito, em mundo globalizado, mas com suas estruturas puídas, um simples espirro provoca uma tsunami!

Coronavírus, não só vai encontrar um solo fértil numa população já em estado depressivo em massa, o que por si só significa uma ‘baixa no sistema imunológico’, como também sistemas de saúde pública e entraves burocráticos como o nosso, completamente despreparados para lidar com a questão - uma espécie de retorno à Idade Média diante da ‘peste negra’?

É claro que neste ambiente de caos e vulnerabilidade a que todos nós poderemos estar expostos, seja aqui, na África ou na Ásia, os governos sofrerão todo tido de ameaças: não é deles que se espera a solução? Mesmo o governo centralizador da China, se não souber gerenciar a crise poderá sofrer sérios danos.

Motivo de pânico? – Não, se compreendermos tudo isso como parte de um processo historicamente construído, e que como tal, por mais sólido que sejam suas edificações não durariam para sempre! Foi assim com as civilizações mesopotâmicas, egípcias, gregas, romanas, e por que não também com as nossas?

A questão é a dor de parto! Ou seja, como eu tenho dito, ‘o mundo está grávido doutro mundo, mas até este vir a dá a luz, seremos suas dores contrações.

Um outro dado a se levar em conta é o campo religioso! Lembra como era a Europa no contexto da ‘peste negra’ e a crise do sistema político, social e econômico da Idade Média?  Pois bem, as visíveis fissuras dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, lembrem-se atualmente temos dois Papas!, e que vêm resultando entre outras coisas numa espécie de boicote ao Papa Francisco, muitos falam em um novo cisma, são claros sinais que alguma coisa não vai ficar de pé por muito tempo.

Outro ponto que merece a nossa atenção é o avanço e o ‘casamento’ do movimento evangélico com as questões político-partidárias, principalmente nos países da américa latina, e que conforme o ‘andar da carruagem’, dão provas de que o cristianismo mudará para sempre a sua face, e por conseguinte a da civilização ocidental.

Amém?

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