Caxias tem cura?

Gilvaldo Quinzeiro



Às vésperas de completar 175 anos, no dia 05 de julho, Caxias sofre do mal de Alzheimer – é a única cidade a não ter memória do seu aniversário! E o pior, é que este não é um fato único: nos últimos anos as ruas do “centro histórico”, e principalmente as mais históricas, tiveram seus nomes mudados por outros, sem qualquer respeito aos seus moradores, e especialmente aos que elas homenageavam. Exemplo, Rua Benedito Leite, local da residência do poeta Antônio Gonçalves Dias -, Benedito Leite, ex-senador e governador do Estado do Maranhão; Travessa “28 de Julho” – data da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil; e, salvo o engano, a rua 1º de Agosto – data Adesão de Caxias a Independência do Brasil e local por onde as tropas leais a Independência seguiram rumo ao Morro do Alecrim, onde se encontravam entrincheiradas as portuguesas.

Isso para não citar, a derrubada de um monumento na Praça do Panteon que homenageavam os heróis na luta pela Adesão a Independência, no lugar do qual se construiu uma fonte luminosa que nunca funcionou; o asfaltamento das ruas do centro histórico que antes possuíam calçamento de paralalepípeto.

Pois bem, um povo sem memória é como uma planta sem raízes. Ou seja, sem ter em que se segurar é “massa de manobra”. Seria esta a explicação pela qual as autoridades locais vêm “desmemorizando” à cidade?

Portanto, o histórico aqui tem sido como não se tem dado nenhum valor à história! Qual cura contra este mal?

Comentários

  1. Olá meu amigo Gilvaldo. Em resposta ao teu questionamento, acho que essa "cura" deve partir da participação dos cidadãos caxienses, com projetos de pesquisas em que sejam mostrados os fatos ocorridos ao longo da história da nossa cidade, através de fotografias, poesias, músicas. O acervo cultural de Caxias é muito vasto, mas anda desfacelado por conta do poder público, e é justamente essa política mesquinha que está acabando com a memória do nosso povo. Então companheiro, temos que sair da nossa individualidade e partir para as ações coletivas, juntando-nos aos poucos produtores culturais para reergurmos a nossa identidade. E VAMOS À LUTA!!!

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