Um tiro filosofal na violência que nos coça!

Gilvaldo Quinzeiro



É fetal a violência que nos dá forma de insetos. Não é por acaso que uma sociedade inteira está acometida por uma micose que ao invés de agir, apenas se coça!... Diga-se de passagem, “prazerosa” coceira!... Isso explicaria as vergonhosas derrotas dos nossos exércitos para o mosquito da dengue? Aliás, a violência e a dengue são do mesmo nascedouro, a saber, da nossa perda de civilidade – fonte da barbárie e da proliferação de mosquitóides!

Em outras palavras, o útero da violência abriga e alimenta um “feto” que por consequência terá a forma “adulta”, como já é adulta a nossa forma de praticar a violência. Doméstica violência, diga-se bem!

Pois bem, o combate à violência, assim como o combate à dengue, não se constitui apenas no uso das ações repressoras dos exércitos, porque tais ações apenas agigantaria o problema, tal como é “gigante” o mosquito que até aqui tem derrotado os exércitos. Ou seja, não se vence os fantasmas com a arma que os alimenta: o medo! Dito de outra forma, se a violência é fetal, isto é, da ordem da qual se concebe, desenvolve e atinge o estado adulto, logo o seu combate exige uma abordagem “filosofal”. Portanto, no DNA das explicações ou mais precisamente, das indagações!...

Ora, é impossível se combater a violência se não tivermos dispostos a “lincharmos” o status quo que faz da violência não só um estilo, mas, a fonte da mesma sociedade da qual somos seus pilares!

Feriu-se, não?  Eis um tiro filosofal num combate aos mosquitos que todos nós nos tornamos!




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