Dando milho as galinhas

Gilvaldo Quinzeiro

Hoje, ao invés de ir ao shopping irei varrer o terreiro, sentar-me no chão e apenas sentir o cheiro desta manhã de domingo – o último dia das férias escolares. Antes ter feito isso todos os dias!...

De fato deveria ter me acampado ainda que sozinho, a ter perdido o tempo assistindo os noticiários das tevês que hoje estão encardidos de: “assalto seguido de morte”; “ladrões explodem mais um caixa eletrônico”; “duas pessoas morrem e quatro ficam feridas num acidente de trânsito” e a mais recente - “atentado na Noruega: o inicio de uma nova Cruzada”?

Uma Cruzada agora, ante um mundo afundado numa crise econômica é antecipar o apocalipse que, se já não chegou, é porque estamos besta de vê-lo todos os dias!...

Outro dia fui surpreendido por uma pergunta óbvia de uma amiga que há muito tempo não a via: “e ai vai encarar o “mestrado”? Quase pulo da cadeira, e respondi na lata: mestrado pra quê se lá só vou aprender apenas a citar os outros? O que eu quero mesmo é aprender a fazer um “cofo”!

Na verdade, o que hoje sinto a necessidade de aprender falta mestres para ensinar, e sobram quem não deseja aprender.

E assim me tornei pescador de mim nos desertos diários e, sobretudo dos noturnos!...

Da Pérsia até Bagdá, nada de tapete voador, só o cisco da civilização sendo soterrado por bombas que substituíram os pastores de cabras e ovelhas... É lá que tudo se cruza!...Ao lado, porém, uma África cruzada e crivada por balas!...

Ora, na altura do campeonato, com o “melhor futebol do mundo” perdendo quatro pênaltis numa decisão de campeonato, às vésperas de uma Copa e o Ministérios dos Transportes desviando vias e estradas para outros cofres, como não só querer dá milho às galinhas?











    

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