Uma reflexão política sobre a não política dos espaços

Gilvaldo Quinzeiro



A luta por “espaços” dispersa a nossa atenção do espaço que já ocupamos, de sorte que é exatamente este que perdemos, não para o outro, mas para nós mesmos, quando nos “fincamos” num outro, "o espaço suposto" – aquele pelo qual o outro também perde o seu!

Ora, este “espaço suposto” por ser suposto, não é só da ordem do imaginário que nos arranca da realidade, e por ser desta ordem, ocupa um espaço-tempo que no mínimo exigirá de nós o que do outro já lhe custou à deformação do seu ser.

A deformação do ser implica numa realidade outra, aquela não suposta, mas, a que não damos conta que já nos devora!

Pois bem, fizemos esta introdução para fazermos apenas o seguinte questionamento: qual o papel da política no contexto no qual a “polis” como espaço de conflito, demanda e reflexão é substituída pelo espaço das pesquisas de “opinião”, uma vez que o resultado destas nos remete a um “espaço suposto”?










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