Caxias e seus arquétipos, afinal, quem homenagear no seu bicentenário?

Gilvaldo Quinzeiro



Hoje, no bicentenário da elevação de Caxias, a condição de vila, a minha homenagem se destina a três figuras que, a meu ver, deveriam ter sido homenageadas, inclusive com um busto em praça pública, a saber, a “quebradeira de babaçu”, o “vaqueiro” e o “balseiro”.

Justifico: a “quebradeira de babaçu”, não é só uma figura mais do que típica da região dos cocais, a qual Caxias faz parte, mas, sobretudo pelo que  representa simbolicamente no quesito resistência, bravura e como um pilar de sustentação da família; o “vaqueiro” por sua vez, não só está ligado ao ciclo econômica que deu origem ao arraial  de Caxias das Aldeias Altas, bem como a Balaiada, ou seja, significou e significa um desbravador do sertão, portanto, também merecedor de ter um monumento em sua memória. Já o “balseiro”, aquele tirador de talo da palmeira de babaçu que, corajosamente navegava pelas águas do Rio Itapecurú, das mais remotas localidades ribeirinhas ate a cidade Caxias , sobre uma balsa construída com os próprios talos, que, depois eram vendidos na beira do rio para serem usados na confecção das cercas dos quintais. Esta figura é mais do que merecedora das nossas homenagens, pois, assim, como a quebradeira de babaçu e o vaqueiro – são arquetípicas, isto é, faz parte do “ inconsciente coletivo” dos caxienses.

Portanto, por isso, e por muito mais, no bicentenário de Caxias, viva as quebradeiras de babaçu!

Viva os vaqueiros!

Viva os balseiros!

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