Orelhas em pé, umbigo nas mãos

Gilvaldo Quinzeiro



Decerto é próprio do homem ao se sentir desamparado, fazer do corpo a árvore na qual se agarra. Ora, isso é da ordem animalesca, aliás, ai de nós se não o fosse!... Mas, a questão a ser levantada é a seguinte: o que fazer quando o desamparo é provocado pelo próprio corpo que nos falta?

Eis o que nos remete de volta a infância; não a que nos cortou o umbigo, mas, a que nos fez ter como seios, os da loba.

Em outras palavras, feliz daqueles que, em sentindo a perda do corpo, ainda assim, sabe onde e como encontrar o “umbigo”!


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