Em que bocas nos transformamos?

Gilvaldo Quinzeiro



Na falta de “seios”, sugamos os das imagens midiáticas que nos criam todos com fome de ver. Ora, os nossos olhos nunca foram tão boca, e nem as imagens o nosso pão de cada dia, quanto os são hoje.

O que isso contradiz Freud? Apenas, e tão somente que oralmente estamos fixos em tudo que com a boca abocanhamos - o que seria das de outras fases! Ou seja, tudo é boca, e a função dos olhos como a dos outros sentidos - é a de comer!

Um esclarecimento: está claro que as coisas não são tão simples assim, pelo contrário são complexas demais, e por isso mesmo a idéia de pertencimento, não é outra, senão a que nos arremete ao estômago.

Uma das consequencias das “bocas” que nos tornamos, é nos imaginar grávidos por todas as outras que engolimos de olhos fechados.

Não seria este o “parto de um mundo” de cuja gravidez somos suas dores e contrações?

Psiu!

Corra que nossos filhos querem nos comer!

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