O tiro da existência, e o sujeito em seus pedaços...
Gilvaldo Quinzeiro
Entre “a vida e a morte”, eis o sujeito rasgado pela
dúvida. Deveras, a vida é o que nos escapa pelas mãos, enquanto ralamos para nos erigir das incertezas; a morte, esta sim é certa,
talvez por isso a ela nos antecipamos?
“O rasgo do sujeito”. Ora, só os deuses enfrentam as
coisas em pé. Para nós, mortais, as coisas só ganham sentido com o esmagamento
das mãos. O que nos diria Arquimedes neste tempo em que nada dura?
Dura é a realidade na qual só os “furos” se sustentam,
pois é através destes que “vazamos” a nossa existência. Aliás, a existência
como experenciá-la se “o consigo mesmo”
do sujeito encontra-se tal e qual uma peneira?
“Triturado”, eis a condição pela qual o sujeito se
insere na realidade. Ora, de que outra forma este seria sobrevivente?
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