As despalavras

Gilvaldo Quinzeiro



Tal como a “imbira tanga” para o índio, as palavras não dão conta nem de longe em tampar a realidade. Contudo, não é esta a intenção do índio ao usar a “imbira tanga”, o mesmo não se pode afirmar a respeito daqueles que usam as palavras como que da realidade tivessem absoluto controle. Ora, a imbira sem nó é como as palavras sem amarradio, isto é, qual o sentido de se evitar a nudez das coisas?



Pois bem, nós não só estamos completamente nus, como as palavras não valem mais que uma “imbira tanga”, a diferença que esta se sobrepõe ao “nó” que em outros contextos têm os dedos como substitutos, enquanto aquelas em que contextos não são as mais convictas das nossas máscaras?


Estão escondendo o quê seus "pintos pelados"?













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