Os pássaros e os passos de um calango
Gilvaldo Quinzeiro
Quantas palavras ditas me cortaram as asas no exato
momento em que alçar o voo era imprescindível! De quantos pedaços de mim refiz
as esperanças, quando em minha volta só os urubus pairavam!..
Enfim, nos dias em que fui “filhote de coruja” a
última coisa a perceber era o farejar
das raposas. Ai de mim sem as “sapucaias”
que, mais do que me servir da condição
de ninho, eram também os ouvidos,
quando os meus, dos uivos dos lobos não sabiam diferenciá-los!
Hoje, eu me
dou conta de que, mesmo não passando da condição de um “calango”, ainda assim, de onde estou pregado
só os que possuem olhos de águia me
veem!...
Hum Hum! É daqui que me permito desejar ser uma lagarta só para aprender mais sobre
alquimia!...
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