O pois é dos nossos espantos!
Gilvaldo Quinzeiro
O sujeito em sua constituição egoica é tríade, porém,
a realidade do cotidiano com suas “marchas
e cruzadas” resume abruptamente tudo a
uma perigosa dualidade – a que nos escapa e a que
ilusoriamente estamos fixos.
Neste
ínterim, não se sabe por temer quais olhos, uma terceira e poderosa parte de
nós mesmos é literalmente enterrada. Esta sem dúvida nenhuma há de retornar
para “fantasmarizar” uma realidade Outra
- aquela na qual é tarde demais para se
contemplar?
Ora, nestes dias
de “sirenes ligadas e discursos atordoados” dormimos para a realidade que nunca fecha os
olhos. Aliás, tudo é muito cedo, tarde, só nosso espanto!...
Afinal o que
está “fora de ordem”, senão a ordem de se perceber as coisas!... De fato, “as
coisas” para as quais temos olhos nunca
nos exigiram o corpo inteiro, tanto que, o que em nós é sentido como vazio, nas
coisas abundam...
Já foi tempo em
que “simplificar” a realidade bastaria.
Hoje, com quais cabeças compreendemos o complexo?
Deus que nos
acuda ou acudamos os deuses nestes tempos de templos lotados?
Cala a boca
sujeito, deixe o silêncio gritar!...
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