A civilização, e seu tampo arrancado!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Todo o conforto nos arranca um “tampo”. Todo “tampo
arrancado” é uma imensidão de nós mesmo que não se exercita. Ora, isso é o
mesmo que substituir um copo d’água por outro de refrigerante - o que nos sobra entretanto, é tempo demais desperdiçado onde não se
acrescenta nem mesmo a saliva!
Pois bem, nada mais contraditório que a nossa busca
pelo conforto. Este quando alcançado é tal qual a aposentadoria – do que nos
vale tantas “poltronas” para sentar, se já perdemos corpo inteiro? Aliás, os
médicos estão cansados de receitar que “correr” é o nosso melhor remédio!
Eis o preço a pagar em nome de “ todos os confortos”
oferecidos por uma civilização empanturrada de coisas que nada sustenta e sem gente disposta a lutar por si mesma!
Um mal-estar na civilização? Ora, Freud nunca se
poupou de nos afirmar isso. Nós, entretanto, nos fizemos confortavelmente de
surdos!
E agora José?
Estou sem tempo e sem tampo de mim!
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