As saudades do tempo de outras leituras



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Hoje me bateu uma saudade do tempo em que os jovens eram “jovens” também em suas atitudes -; tempo das utopias e do bem comum! Do tempo que a música era ouvida em volta das  fogueiras; e os sonhos  vividos no chão de  esperança...

Amanhã, com os nossos fones no ouvido, quem ouvirá os gritos de socorros de outros tantos jovens sem sonho algum?

Hoje me bateu uma saudade de mim, do tempo em que  sentir saudades era não ter a noção das perdas que ainda  haveriam de vir!...

Amanhã que outras perdas virão para aumentar as minhas saudades?

As saudades o que são, senão um tampo que se arranca  da gente, no tempo em que a gente se sentia vívido e inteiro?

Hoje, enfim o que nos bate à porta?

Flecha no peito que arde!

Arte de sentir saudades, quem ainda a esculpe?

Eu saúdo  todas as saudades, mesmo não podendo mais abrir porta alguma!

Bom dia com saudades de outros dias!

 

 

 

 

 

 

 

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