Tantas coisas. Tantos espelhos... Mas de quem são mesmo as faces?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O que sãos “ as coisas” sem que os homens as tornem
suas próprias faces? Ou o que são homens
quando as coisas são de tal ordem que não se antropomorfizam? Eis o tempo em
que somos apenas “as trempes” de um fogo que já se apagou?
Estas questões nos levam a falar do “espelho” ou, mais
precisamente do seu excesso ou da sua escassez.
O fato, porém, é que “os espantalhos” espatifam-se em nós, do mesmo
jeito que, com estes, a nossa imagem se
escapole. Dito com outras palavras, estamos cegos de ver, o que qualquer
espelho se assusta.
Vivemos, pois, uma época na qual “ as coisas”, de tão
complexas ou de tão precoces, não têm face alguma, senão, a nossa de espanto!
Ora, isso seria tal e qual “a face dos nossos mais antigos ancestrais”,
quando tudo era para apenas “mão na boca”?
A grande questão, entretanto, é a seguinte:
atualmente temos mais “coisas”, e poucas mãos que diferem da boca. Isto é, o que ainda não se estilhaçou é “espantalho”...
Que coisa ou que nada?
Tudo, enfim, como os primeiros homens com suas carnes
vivas!...
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