O amor e seus lençóis: com quantas facas se corta o peito?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O amor não nos poderia ser mais caro, isso Freud já nos chamava atenção no seu “Mal-Estar na Civilização”. A questão é que o Outro que amamos também é fruto das nossas imagens e imaginação, logo, o amor é construído com curtos lençóis – aqueles nos quais “o frio” é inevitável, e todo ato sob estes é solitário!...
Dito assim, então, o amor é ilusório? Como não, se o umbigo destas coisas acima aludidas, não se arranca nem quando mais nos dói!...
Não é, pois, de se estranhar que muitos só conseguem “amar” empunhando a faca sobre o próprio peito, e, quando se ferem o Outro, é também de si que lhe arranca o pedaço...
Por isso, sem se ter amor próprio, o amor pelo Outro nos é tão penoso, quanto duvidoso, e o que vale são “as valas” que acabamos caindo dentro. E por fim, nas velas que nos velam (?).
E quanto aos lençóis?
Ora, sem nós por baixo são fantasmas apenas!
Que pena?
Pense antes de dizer: te amo!
Comentários
Postar um comentário