Com a queda de Mandetta vão-se os dedos



Por Gilvaldo Quinzeiro

Com a demissão de Luiz Henrique Mandetta, do Ministério da Saúde, pelo Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ocorrida na tarde de ontem, 16 de abril, e a indicação de Nelson Teich como novo ministro que, em seu primeiro pronunciamento oficial diz estar “alinhado total” com o governo, o Brasil sai da “política de terra arrasadas”, foi assim que Bolsonaro chamou as medidas de isolamento social adotadas até então pelos governadores,  e entra a em cena a política desmascarada  -  “vão-se os dedos, e ficam os anéis”!

A pressão dos ultraconservadores, os mesmos que fizeram carreatas em plena pandemia exigindo a volta ao trabalho, debochando dos que seguem as orientações da Organização Mundial de Saúde, conseguiu vencer! Este é o braço político do fundamentalismo religioso, portanto, o lado mais “cego e surdo” da sociedade, mas que tem força suficiente para empurrar todos para o abismo – eis perigo!

No exato momento em que o Brasil entra sua fase mais crítica da pandemia, até a data de hoje, 17 de abril, os números apontam 30.961 casos confirmados e 1.956 mortos, o governo não só troca de ministro, como pressiona pela volta às ruas. Ou este é um ato de fé ou de loucura!  

O nome de Deus, isso não é de hoje, pode estar sendo usado para uma das piores das atrocidades que o mundo contemporâneo poderá assistir.  Esperamos que o pior não se concretize, mas o Brasil pode ter dado um passo que comprometerá toda a nossa caminhada, incluindo rumo ao desenvolvimento econômico, porque poderemos estar poupando as máquinas, mas não às vidas dos que as mantêm funcionando!

 A verdade dos fatos, esperamos que não haja uma operação de maquiagem com esta nova gestão, será revelada, e com esta, as faces dos homens e a dos lobos!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla