Parábola de um ajuntador de garranchos
Parábola de um
ajuntador de garranchos
Por Gilvaldo Quinzeiro
Hoje, 12 de abril, domingo de Páscoa. Os números das estatísticas
da pandemia revelam: 1.740.613 pessoas contaminadas e 108.614 mortos em todo o mundo.
O Brasil atinge a marca de 20.962 casos confirmados e 1.140 mortos.
Domingo de Páscoa? O que mudou neste anos todos da
celebração da morte e ressurreição de Jesus Cristo? –Nada! Continuamos os
mesmos a precisar dos ritos que reforçam as nossas máscaras – o amor mesmo,
ainda está ano-luz de distância de vir a ser praticado e se constituir em um
padrão a ser seguido!
O que tem aumentado? - O exército raivoso daqueles que procuram a
todo custo ter o controle das ‘chaves dos céus’!
Paradoxalmente, nestes dias em que a humanidade está acuada,
vimos com assombro pessoas de diferentes credos religiosos, incluindo suas lideranças,
a soltar ‘seus bichos’.
Bichos? Sim. Todos nós temos ou somos, de modo que estes
poderão vir à tona em circunstâncias em que
o tempo põe em xeque o uso das nossas máscaras!
A tão temida “Besta Fera”, não é outra coisa senão naquilo
em que nós podemos facilmente vir a nos transformar, quando os templos e a
catedrais já não mais se dedicarem à dimensão espiritual, e sim a
lutarem em vão e desesperadamente com suas unhas e dentes pelas únicas ‘pedras’
que ainda os mantém de pé!
Ai daqueles que por tudo se ajoelham sem se questionar o porquê!
Só o amor nos salvará de toda e qualquer pandemia! Só o amor
nos salvará da solidão Terra e da nossa solidão!
Bem-aventurados sejam aqueles que conseguir Amar o Outro sem
precisar enfrentar a fila dos que ‘vão para os céus’!
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