De como o mundo de repente perdeu suas ribanceiras
Por Gilvaldo Quinzeiro
Alquimia do sujeito: tantos espelhos, e uma só pele para tantas transformações. O mesmo,
entretanto, não se pode afirmar em relação alma? Ora, ao longo de uma vida
também não se perdem tantas?
Esta reflexão nos remeterá as coisas que
cotidianamente não nos damos conta, e nem poderíamos. Trata-se, pois, “do
avesso, do avesso”, isto é, do outro lado quântico das coisas nas quais também
existimos.
Existimos? Como assim? É o modo poético de dizer que
a nossa existência é bem mais complexa.
De certo modo, nos limitamos ao mundo das palavras, mas estas não se fincam
para além daquilo que nem com a
imaginação se planta.
Em outras palavras, pode ser que hajam “outros espelhos” cujos reflexos não sejam como os da nossa imagem percebida. E, tudo como se pensa ser, tenha um outro lado, por nós ainda não contemplado. Que coisa, não?
De fato, precisamos “pensar” que este contexto
histórico, por exemplo, não se limite apenas ao que as palavras digam sobre ele. E mais do
que isto, pode ser que “o caos”, seja as dimensões do universo por nós não “antropomorfizados”. O quê?
Portanto, como bem nos poderiam dizer os índios timbiras,
“as imbiras do nosso universo, são com
elas que nós nos amarramos, do contrário, todos nós nos sentiríamos soltos em
seus pedaços prestes a se espatifarem no
chão”.
Por falar em chão, quem tem o seu grudado aos pés?
Eis, pois, o quão nos faz faltar o fôlego ver o mundo, sem suas ribanceiras! É, pois, neste ínterim, que precisamos nos provar que alma temos!
Céus!
Boa noite a todos com almas e tudo!
Enfim?
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