Casa & tapera



Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Assim como há falas que ao invés de revelarem, ocultam e silenciam, os segredos mais remotos   se expõem  facilmente nas dobradiças e fechaduras no duro exercício do viver diário.

De tal modo, a casa que em si mesmo não traz os resíduos de uma tapera, não está suficientemente erguida para sobreviver aos  seus gemidos e as suas assombrações.

Portanto, viver moído é diferente de ser moinho. A dor não só nos ensina, como há um ‘gozar’, que de outro  modo  por  nós  nunca  se realizaria!

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla