O “bundamento” da sociedade

Gilvaldo Quinzeiro


“A cabeça que me desculpe, mas, ter bunda hoje é fundamental”. “Quem tem bunda, vai a Roma”, bem que poderia ser assim o ditado! Aliás, a cabeça é que pena, posto que só se usa a bunda. A bunda deixou de ser anatômica para ser um objeto de uso, como piercing e outras coisas que tais. De modo que os “sem-bundas” são uns pobres coitados que passam a vida toda mendigando uma!...

Bunda, bumbum, bundinha e bundão, a bunda só abunda quando se compara com a cara do outro. Talco só no bumbum do bebê; injeção só nas nádegas, e olhe lá!... Ai!...

Em tese, o “bundamento” da sociedade se deve em não se fazer o dever de casa. Afinal é em que casa que se lava a bunda a menos que esta tenha ficado exposta na rua. Já pensou a manchete do jornal: “fulano esqueceu a bunda na prateleira do supermercado” ou “procura-se uma bunda assim e assado, paga-se bem quem a encontrar”!

Pensando bem, está tudo bundado! O mundo bundou de vez!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla