O pescador de si
Gilvaldo Quinzeiro
“O vivido”, ainda que bem vivido é da ordem que, quando revivido, nos escapa por um instante
que seja, uma vida inteira. Ora, isso é como diria Heráclito: “ninguém banha
duas vezes no mesmo rio”. Dito com outras palavras, a vida ainda que
momentânea mais do que um rio que nos escapa é um mar que olho algum consegue
fisgar!
Pois bem, e quanto ao “não vivido”? Este sim vive
em nós para sempre, não como “o não vivido”, mas, como o que vive em nós a
espera de ser “vivido”!
Então somos pescadores do quê? Nada, além de si.
Todavia, é possível que sejamos os únicos a nos sentir na condição de peixe!
Entendeu porque tudo pode ser isca?
Um bom dia
para se pensar na rede!
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