Oxente, aquilo sou eu mesmo?
Gilvaldo Quinzeiro
Eu sou o velho que lá na frente me espera, quando
mais tarde do novo não mais me lembrar de que também fui. É lá que me bastará
um bastão? Ou o que me basta agora, mais tarde só me restará de besta?
Ainda bem uma loucura de pensar nisso! De outro
modo, como me faria companhia? Nenhum louco é sozinho, posto que na loucura os
outros abundam!
Aliás, abunda tudo, quando tudo é com a bunda no
chão.
Quão lá na frente já estou me esperando, quando agora,
de cócoras, o que avança língua fora!
Ainda bem que tudo abunda, pior seria nada abundar?
Entendeu?
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