O sujeito, o gozo e o espanto: ora, isso tem explicação?
Gilvaldo Quinzeiro
Nada mais espantoso do que este assunto por si só,
ou seja, o sujeito, o gozo e o espanto. Pois bem, o sujeito naquilo que se
esquiva é minhoca se socando no chão. Aliás, quem muito vem à superfície ou se
queima em brasa com o sol ou se torna uma isca fácil para o espanto de quem se esperneia já no bico.
Em outras palavras, quão apavorante é a condição do
sujeito, seja esta a de um rei, ou a de um mendigo -, no final das contas tudo
não passa de um faz de conta que o “ lá fora” não é aqui.
Por outro lado, que espanto falar de gozo numa realidade onde
tudo nos apavora! Ora, o gozo é também da ordem destas coisas fantasmagóricas, logo,
gozar (se é que se goza) é no mínimo arrepiante. Por isso, há quem no gozo
nunca chegue. Espantoso não? O pior, é como simplificamos o que “o racional”
não pertence!...
Pois é... O espanto já dizia os antigos filósofos gregos é uma atitude filosófica. Menos
mal, já que se não fosse isso que outra
coisa seria?
Quão humano. Quão espantoso é tudo. Eis uma
explicação?
_ Não para o espantoso. Quisera fosse para o
sujeito, porque para o gozo... Isso sim é o próprio espanto!
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