A rosa e o tempo. Uma lição sobre alquimia



Por Gilvaldo Quinzeiro






A rosa e o tempo. Nenhum nasce para o outro. Cada um floresce em jardins diferentes. A rosa quando murcha   planta o tempo que em si acabou. O tempo,  quanto mais vivo -  mais murcha quem acreditava ser ainda sua semente. Somente o homem pode acrescentar a beleza naquilo que lhe escapa?

O tempo é o pote onde a água vasa por entre seus poros. A rosa, nada mais que uma rudia a despeito da mão socada no pote para saciar a sede lá no alto da boca. O homem quando não florido por suas ideias – é desperdício!

A rosa é a dialética unida pelos seus espinhos. O tempo, a metafisica – mãe do mais além – coisa onde ninguém põe a mão! E Deus na pressa de tantos pedidos loucos se materializa em suas curtas respostas?

O tempo também pode ser a rolha, quando o conteúdo detido criou vida própria lá no fundo. A rosa também pode se  transforma numa garrafa destampada, quando no pensamento do homem derrama a alquimia.

E se eu disser que toda a realidade é uma corda e uma pedra amarrada em cada pescoço – você acredita?

Então acorde para o tempo que murchou a rosa, enquanto a sua bunda nada acrescentou a sua cabeça que rola!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla