ENTRE A BOLHA E O ESPINHO, O PARTO DE OUTROS ENCONTROS


Por Gilvaldo Quinzeiro

 


A vida não nos apresenta por inteira, mas de pedaços que se sucedem tais como aqueles que compõem uma bolha de sabão. Aqui ou  acolá, um encontro improvável; os desencontros são quase certezas  absolutas e  os reencontros, talvez.  O fato é que não fincar o olhar naquilo que já nos escapa é não conseguir viver para além do estouro de uma leve e tênue bolha que caracteriza a nossa existência para a qual,  no entanto,  as vezes  não passamos  de meros espinheiros. De sorte que, podemos nem estar  mais aqui, neste exato momento em que eu estou a inflar com palavras, este encontro possível!

Uma parte de mim já se foi, sou outro neste instante e outro serei ainda se continuo a existir.  São Gregório de Nazianzo

Ora, meus amigos, quantos de nós já não teve que inflar a si mesmo, quando ser bolha, se tornou ser  duro demais! Vivemos, pois, um paradoxo, ser bolha, a despeito de também sermos espinhos.  Eis que desse encontro fatal, isto é, da bolha e do espinho, nasce à arte – parto de todas as possibilidades, inclusive, a do homem!

Viver é arte, acima de tudo. O resto é tudo aquilo que nos escapa!

 

                                           

 

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla