O APOCALIPSE DA NOSSA POLÍTICA: QUAIS SÃO SEUS SINAIS?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A campanha eleitoral entra na sua fase televisiva, e com
esta a “engenharia dos marqueteiros”. É aqui, onde os jacarés deixam de ser
contemporâneos dos dinossauros, e se transformam em novas espécies, alguns
muito parecidos com o calango; outros, mais espertos, se tornam camaleão.
Porém, em todos os casos, todos têm algo em comum: o ovo da nossa velha política! A nossa velha política tão resistente quanto os
jacarés, primos dos dinossauros. De sorte que, mudança mesmo só com um apocalíptico
politico?
Bem, neste texto vamos tratar de alguns sinais que, oxalá! Sejam estes apocalípticos, isto é, marquem
o fim do modus operandi da nossa
política tão nefasta quanto o que se espera do Apocalipse bíblico. Eis os seus
sinais.
Primeiro sinal veio das violentas
manifestações de rua. Foram estas manifestações ainda que momentâneas, nos
fizeram acreditar que, enfim, “o gigante adormecido” acordara. Mas seu “berço
esplêndido” o impediu de se levantar para em seguida voltar a dormir (?). Sem
entrar no mérito da discussão, eu digo, tais manifestações puseram as pedras
que sustentam a nossa política a se mexerem, e algumas destas vamos vê-las
nestas eleições em outras posições. Mas isso não significa dizer que estas
ainda não dão sustentação a nossa velha política. Pelo contrário, é agora que
as pedras vão rolar!
Segundo, 7 a 1
contra Alemanha não foi um evento apenas esportivo. Mas para, além disso, foi
um cataclismo que feriu a alma do povo brasileiro. O efeito disso, só ao longo
do tempo se saberá de fato. Todavia, depois desta goleada os brasileiros não
podem se olhar no espelho sem antes se assustar com a própria aparência. Aliás,
está claro o quanto temos vividos de meras aparências, e um soco no estômago às
vezes é mais do que merecido! A questão a ser levanta é: como estes dois sinais
refletirão nestas eleições?
Terceiro, a morte de Eduardo Campos. Uma tragédia a
anunciar um novo Messias? Ora, a morte de Eduardo Campos está para muitos,
assim como o rio Nilo está para o Egito. Ou seja, um presente dos deuses (?).
Não há como negar que o quadro da campanha eleitoral não seja alterado com este
triste fato. A questão agora é: estamos diante do “novo” tão esperado ou tudo ainda permanece como há 60 anos atrás,
quando do suicídio de Getúlio Vargas?
Quarto, que tipo
de sinal é para a nossa atual classe política, a briga entre os estados de São
Paulo e Rio de Janeiro pelas águas do Rio Paraíba do Sul? Não será esta uma
evidência de que “os jacarés da nossa política” estão com o rabo de fora? E
quando a seca que vem do Sul se transformar naquela que já afoga o Nordeste,
como evitar que a fonte para sobreviver é a mesma que saciou com sangue os
cangaceiros?
Quinto, este sinal poderá não interessar a nenhum
político brasileiro. Porém, se este não for considerado como um sinal de
alerta, amanhã pode ser que não haja mais tempo para política alguma, a saber,
segundo divulgou a organização Global Footprint Network, em apenas 8 meses os
moradores do planeta Terra conseguiram esgotar todos os recursos naturais
disponíveis para o ano de 2014. Então seus “jacarés” vocês querem meu voto pra
que mesmo?
Comentários
Postar um comentário