Em nome do Pai, o bem do meu filho!



Por Gilvaldo Quinzeiro


Nestes dias de tanta frouxidão,  ser pai é mais do que um “amarradio”, significa se arvorecer a despeito de já perdermos cada vez mais as nossas raízes.  Ser pai, portanto, é permanecer de pé, ainda que as tempestades do momento transformem  tudo em nossa volta em “bolha de sabão”.

Falar de pai em dias tão difíceis, como os de hoje, nos faz lembrar  de Abraão conduzindo sua gente rumo ao desconhecido, conquanto, sob à luz de uma promessa.  A Canaã de hoje, porém,  é o chão vazio que há no interior de cada um de nós. Chegar aqui não precisa de promessa, mas   galgar cada degrau das escadarias  que se ergue do fundo de nós.

Sim, meu filho! Ser pai é também ser filho!

Mas voltando a  falar da  “frouxidão” das coisas que  são feitas para durar um pequeno instante.  Quão duro é o papel do pai, pois cabe a este  dar o nó nas coisas em nome da mais porosa das árvores – a relação pai e filho! Afrouxá-la  demais é desperdiçar o amarradio das  aprendizagens. Apertá-la demais é estrangular as oportunidades de ao menos respirarem juntos.

Sim, meu pai! Só agora eu entendo, porque  sou também seu filho!

Onde há tolerância e compreensão há também um bom caminho rumo a todas as terras prometidas!

Feliz Dias dos Pais com ou sem a promessa dos filhos de presentes! Parabéns a todos que ousam a chegar dentro de si para assim dar mais esperança aos  filhos!



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