Da conversa deste pirão, o meu tempero!
Por Gilvaldo
Quinzeiro
Quisera que
o mundo todo na semana vindoura soubesse quão lindas ficam as amanhãs de setembro com as flores do
ipê amarelo! Quisera ver neste e nos
próximos finais de semanas israelenses e palestinos para além da faixa de
gaza plantarem juntos a paz madura e duradoura!
Que durem os
corações moles dos poetas vivos! Que viva a poesia presente nas paixões
cantadas em toda e qualquer canção de
amor! Que por amor se morra, mas que não se desperdice a vida com a dúvida de
que não estamos sendo amados!
Amanhã será outro dia, sim! Mas é agora a vida que eu quero plantar dos
encontros, ainda que os desencontros estejam também presentes lá por fim da tarde...
Quisera que a água pura para se beber não ficasse
cada vez mais escassa, e que a nossa sede não
abundasse de tanta sujeira! Quisera que por estas terras dos canelas
finas; dos gamelas e dos imbiras, a nossa
indiferença não corresse abundantemente ao lado de um rio que agoniza!
Que não se
abortem os sonhos, ainda que para estes não existam nenhuma “terra prometida”!
Que toda terra santa e prometida seja para os poetas a liberdade de poderem
sonhar! Que todo sonho corte a pele dos que engenham todas as correntes que
abortam a liberdade!
Que todo
pirão preceda um parto! Que toda conversa ainda que parta da dor, dê a luz a
uma inspiração poética!
Bem-vindos
ao nosso Pirão de Conversa!
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