Isso é amor ou ‘propina’, meu bem?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A propina. Se há algo substancialmente inerente à
sociedade brasileira, este elemento é indiscutivelmente a propina. Sem ela, o
Brasil de hoje com esta ‘cara’ que é a de todos nós, não existiria.
Ora, o dito acima é ofensivo. Mas é também verdadeiro,
infelizmente! Ao escrevê-lo sinto a presença de Nelson Rodrigues – este que, como
ninguém soube opinar sobre as nossas ‘vergonhosas feridas’.
É, pois, sobre as nossas ‘vergonhas feridas’ que vou
agora, não diria a língua, mas certamente ‘meter a cara’!
Neste tempo onde tudo é apropriado pela propina, é possível
ainda haver espaço para aquilo que podemos
chamar de ‘nosso’? E quanto à intimidade
- que parte esta ocupa hoje no ‘edifício da propina ‘?
Quem ainda se permite amar aquilo que não seja
ostentação?
Por fim, quão caros são os anéis para tão frouxas as
relações: o que ainda se ata?
Tim-Tim!
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